segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Modelling life

Aconteceu de tudo.

Duas semanas sem aqui escrever. Duas semanas de trabalho. Duas semanas sem ondas. Duas semanas de merda.

O que mais temia parece estar a acontecer. Por entre os textos bíblicos e o dia oficial da saudade. Por entre temporais e trovoadas. Ouvindo Tiga e Ticon. Conhecendo uns e ignorando outros. Aconteceu.

Agora é que não sei mesmo o que se passa. Porra. É que não sei mesmo. E eu normalmente tenho aquela mania que sei tudo, ou que pelo menos consigo dizer as coisas com o mínimo de convicção que leva os outros a pensar que no fundo até sei. Pode não ter muito sentido mas acreditem que funciona.

Bem. Não é que 27 dias depois aconteceu. Porra. Porra. E agora? Confusão total. Ou não? Preparar-me-ei para o pior. Vou comprar mantimentos. Munições. Barricar-me-ei no meu Bunker. Vou manter apenas o rádio desocupado. Vou procurar uma frequência e com ela comunicar...ao melhor estilo de "White Noise". Resultado? Nada de diferente. É o que tenho feito toda a minha vida. O que muda? Nada. Sofro mais? Não. O mesmo de sempre. Agora apenas com a noção de que foi de vez. Não há volta a dar. Mereço sofrer. Será só hoje? Uma coisa é certa, ontem foi.

Iluminado por um candeeiro pequeno, sobranceiro até certo ponto, lia histórias de amor entre o Ocidente e Oriente. Entre persas, cristãos e muçulmanos. Seremos assim tão diferentes? será mesmo? será que temos um continente inteiro a dividirmos? perdido em toda aquela escuridão dei por mim a pensar. Penso tanto em ti. Curiosamente julgo ate que também pensavas, não em mim, mas em como é que ainda me consegues olhar. Falar comigo como falaste e sobretudo como tiveste. Certezas? Estar ao teu lado, deitado no teu colo, continua a ser a melhor coisa do mundo. Desculpa. Mas é a verdade. Nada posso fazer. Não sou eu que mando neste ponto. Ninguém manda. e quando dou por mim a chorar, sei que tal não é mais do que a felicidade de poder ali estar e não a tristeza de nunca mais te poder ter.

Não podia ser mais injusto. Mas não consigo ser outra pessoa. Só consigo ser eu. Ser parvo. Ser egoísta. Disseste-me que houve tempos em que estavas disposta a ensinar-me. Agora já não. Não te peço nada. Não te posso pedir mais nada. Não consigo. Peço-te para me teres de corpo e alma. Peço-te para me deixares amar-te. Para me deixares sofrer.

Disseste-me que não era feliz. Disseste-me que tinha tudo para ser feliz. Não tenho tudo. Não te tenho a ti. Lembro-me que te disse um dia ser a pessoa mais feliz do mundo. Porra. Se era. Tinha tudo. e agora? apagaste me da memória. não sou mais do que um passado feliz manchado por uma separação horrível. sempre preferi ser um passado feliz, um presente perfeito e um futuro sem fim. sempre sonhei que teríamos o Sado como eterno guardião. a serra de Sintra como protectora. os gostos de um seriam os esforços do outro.

That's Life....

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